outubro 30, 2007

7/4(shoreline)

it's a shoreline….it's high speed…its a cruel world….

and it's time..

[and you want to get away]

oh where to go to..?
when you want to get it out?

oh how to get through
if you want to get it all?

[you can own what you choose]
[and you want to live a lie]

and love what you lose

oh oh oh….!!!!!!! it's a shoreline….it's high speed….its a cruel world…and it's time
É tempo de seguir por essa linha enquanto o tempo ainda te permite que sigas por ela.
É como uma onda avassaladora indie em que eles os dois saltam enquanto gritam, esperneiam enquanto cantam, elevam-se enquanto emitem.
Sons, são melodias intrínsecas a cada momento.
É como uma carga surpreendentemente emocional de sentimentos trocados, de permutas esquecidas entre noites ultrapassadas, queimadas, relegadas.
É como um conjunto de euforia grotesta a assomar numa sala saturada onde o ar fica corrompido de uma promiscuidade que apenas pretende ir mais além.
É como procurar entre os meandros dessas mesmas salas, compartimentos abertos, uma fenda, uma abertura minimamente consciente daquilo que exasperamos mas que simultaneamente receamos.
É como ter medos mas escondê-los atrás de um armário velho, com um cheiro adulterado pelo emancipar de tantos caminhos estilhaçados a meio. De tantas vezes que se mudou o percurso apenas com receio do futuro. Um futuro eternamente atrasado para um dia sem fim.
É como nos juntarmos à volta de uma mesa redonda e levantármo-nos a meio do que nem sabemos, indo de encontro. à realização das nossas pulsões adolescentes, porque elas não deixaram de existir, e vingarmos a frustração ressequida, a dilaceração quotidiana em pedaços gratificantes de luxuria e de um adiar do significado. Da palavra pecado. Porque ela nem existe. Apenas do viver aqui, onde aqui se fomentou esta discórdia momentânea do nosso ser, e mantermo-nos serenos à espera que a libertação se processe.
E é como se essa libertação se processasse e saltassemos vivamente em cima de uma cama, partindo, deixando, fugindo, e enviesassemos os nossos próprios desconhecidos percursos em algo que sempre desejamos insano.
E é como se essa insanidade nos invadisse e permanecesse serenamente no nosso corpo e na nossa vontade.
E é como se a nossa vontade se instalasse de vez sobre o nosso ser.
E é como se simplesmente vivessemos.
Acompanhados deste som.

and you're walking away.
and you try to get through.
but you’ve got another life.
from the lies they told you.
and you try to do it right.
and they all will see you.
if you try to steal the beat. ohh.
the beat will steal you..porque este post é para uma musica
.porque este post é uma musica
.chama-se 7/4(shoreline)
.porque fala-se de Broken Social Scene
.porque é incrivel que a representação musical se intercruze na perfeição com a demonstração literária
.acho que já disse que este post é uma musica
.e nao se consegue dissociar dela
.porque ha posts sobre filmes, sobre mim, sobre tudo e sobre nada
.este é sobre, com, e para uma musica
.e para um numero
.30
.e para os 365 dias que levaram invariavelmente a este numero
.e para a passagem de um ano
.uma memória
.uma fugaz tentativa
. este post é uma musica, ja vos tinha dito?

[its coming]

it's coming in hard