agosto 19, 2007

she broke away

..:This one is call Stella was a Diver and She’s Always Down:..Ela caminhou decididamente numa passadeira imponente na sua majestosidade eclética. Sentou-se algures, falava-se de extase epiléptico, de vicissitudes cardíacas, cheirava-se um odor a respiração ofegante, como se esta mesma albergasse cheiro, perdia-se o sabor algures, num monte dissonante, num vasto périplo de sombras imaterializadas. Deitou-se, batiam as 9h. Rodou sobre o seu próprio eixo, terminavam as 11h. Era capaz de sentir a luz ténue a bater sobre o seu corpo imóvel. Acendia um cigarro, libertava claustrofobia, eclodiam nuvens de poeira cinzenta. Ela, estava certa do seu caminho, por mais incontrolável que fosse. Por mais que ela soubesse que não podia envergar o anel. Qual anel? Afinal quem matou Laura Palmer?

when she walks down the street. she knows there’s people watching.
the building fronts are just fronts to hide the people watching her.
she once fell through the street. down the manhole in a that bad way.
the underground drip.
it's just like her scuba daysAfinal o que se amontoa sobre aquele vasto encadear de recordações? Penso que meros recortes de paisagens esquecidas, fotografias infames de momentos alguns, tintas febris derramadas por corpos incandescentes, placards de madeira envergando superstições, cartolinas rasgadas sobre a luz apoteotica de uma ignóbil chama. De uma perene fonte de prazer irremediável. Fontes apagadas e incertas. Uma leve, não, uma forte dor de cabeça, uma força imensurável que me leva a continuar caminhos que não quero e que nem os percorro. Porque no limiar da fronteira apagada visionei o conjunto feroz em que se desbastava a minha imaginação. Leves cores replicadas com disléxicos sabores. São cheiros. São proposições. Admissões. Recordações. Ligações e conexões. Days. Daze. Days.

she was all right cause the sea was so airtight. she broke away
she was all right but she can't come out tonight. she broke away

she was all right yeah the sea was so tight, air-tight…

she broke away, broke away
she broke away, broke away
she broke away, broke away

she broke away São impossibildades, vulgo cansaço. De forma, de materia, de horas e horas, e porquê? Uma evasiva raiva dissipada por encadeamentos sucessivos, provavelmente uma continuação de um cansaço inultrapassável, e porque essas barreiras são dificultadas e porque tudo não se constroi na medida em que se cria? Porque tudo não se realiza? Mas porque ela não descansa? Existirá uma plausível explicação? Mas qual? E depois? Não existe perturbação então prossegue sorrateiramente nesse percurso, mas qual?

bottom of the ocean she dwells
bottom of the ocean she dwells
from crevices caressed by fingers
and fat blue serpent swells

Stella..Stella!!! oh Stella….
Stella I love you, Stella I love you, Stella I love you….

Deitada nos tais mencionados lençois amarelos(e tudo foi mais fácil assim), ela consome o seu vício incisivo, ela mantém a vasta coberta dos sentidos acima do seu corpo. Ei-la. Ouve-se o mesmo. Sente-se ou tenta-se reproduzir em kilometros volvidos a mesma sensação. Até quase chego a acreditar que vejo o mesmo. Vi. Vivi. Senti.

well she was my catatonic sex toy lovedrug diver
well she was my catatonic sex toy lovedrug diver
she went
down
down
down
down
there into the sea
she went down
down
down
there
down
there for me

right on…oh yeah…
right on
so good…
oh yeah….
right on
so good
oh yeah…there's something that's invisible
there's some things you can't hide
try to detect you when I'm sleeping
in a wave you say goodbye

agosto 06, 2007

turn on the bright lights

Obstacle 1. Um círculo vicioso que se formou abruptamente entre vielas e avenidas, incongruentemente dissipadas pelo calor de uma noite, noite após noite, ela vem, ela caminha sobre mim. A inspiração. A inspiração. A expiração. Desce. Sobe. Pergunta. Sistematiza. Afoga em mim uma perene sensação sensaborona nesse pedaço de papel amachucado.
Ainda se encontram caídas, reestabelecidas, as folhas, as ilustrações, os moldes, modelos matemáticos circuncisados por mim. Destruídos, vulgo a destruição maciça, ofegante, demolidoramente frustrante, cambaleante no seu desmedido suor. Distance. I'll keep my distance. These things I never seem to mean. So I leave the murder scene. Este mesmo lugar que me devolve a calma perdida e amalgada por horas desgastadas, rebuscadas, inquietantes. Formou-se um círculo que rodou a meu favor. Basicamente tudo se concretizou como o ansiado, simplesmente tudo se coadunou como o merecido, mas qual esperança, qual satisfação? Via-a nos olhos dela, olhos tristes atrás de um balcão das informações, atrás de uma barriga enorme que não para de crescer..: We can cap the old times make playing only logical harm..:We can cap the old lines make playing that nothing else will change..:, vi nele abruptamente tão instável quanto certo do seu caminho, vi em mim nas diferentes ascenções, nas subidas vertiginosas.
Vi em mim quando saí e esperei por ele. Antes apareceram eles, graciosamente contornaram aquela ilha que construí a minha volta. Ilha que me limitou e me engoliu como me enrolasse inteiramente numa onda de 300 metros. Aí não conseguia obter vislumbre do redor, do que hermeticamente me fechou num quadrado obtuso, e impossível de destrinchar. ..: She puts the weight:.. ela. Eu. Eu sempre atras eu atras, atras daquilo, do resto que sobrou de mim naqueles parametros, atras daquele momento, qual?, atras do ar, da simples brisa que me invade, naquela hora, naquele exacto momento, naquele mergulho, que por si só me transmite a calma que não esperava mas que nao reconstitui. Mas shh. Silêncio. Nothing to be scared of my dreams, they keep hold of me my guides when I can't see.
E sento-me. Na areia, sento-me. E nao desaparece. Este poço sem fundo nao me remete para nada. inspiro e expiro. E nada. porque ela nao chega ate mim. Ela bate a porta da minha pele mas nao penetra nem pelo minimo poro. Continuo a olhar. Pesadamente sobre o fio da navalha que me distancia de mim em mim e para mim.
Look at us
Through the lens of a camera
Does it remove
All of our pain?
Chego a encara-la de frente, contudo não a interiorizo, e ela docemente acena-me um adeus e permanece sentada a porta, à espera. got to be some more change in my life.
Vulgo designação corrente de felicidade, momento de extase e sobretudo de satisfação, ei-la a fonte de poder desmesurado que não sinto, que nao equilibro. Porque ela não me larga, porque ela vive em mim, nas multiplas benzodiazepinas as 3 da manha, porque elas nadam em mim, mergulham e so me socorrem nas 14 horas volvidas, passadas através de Sartre, de Duras, de Camus, até de um simples Suskind, o que é isso comparado com a doce Elfriede, gosto dela porque ela escreve como eu e ela emerge como eu. : But she can read, she can read, she can read, she can read, she's bad. She can read, she can read, she can read, she's bad, oh she's bad.
O que eu mais ambiciono é emergir. É perder para ganhar. É ganhar e conseguir vencer. É encarar esta batalha ganha como algo que me transporta para um novo patamar. Que debilmente desprezo e envieso. Porque o faço? Mais uma, mais duas benzo. As vezes penso que ela escolheu muito bem, vistas as coisas, ele é fraquito, todavia acabo sempre por me redimir a dois. i know you've supported me for a long time somehow i'm not impressed. Três. São quatro. Cinco. Nunca cheguei a tanto. Se pensasse todas as noites no frio que aqueles pobres bebes apanham largados no jardim da Epal talvez fossem seis. Sete. Oito da manha.

subway is a porno

São gritos histericos. São ideias e prazeres que fogem como um relâmpago. Sao momentos, acontecimentos que crio no meu consciente que esvoaçam em direcção ao nada, são folhas, vejam só, são misturas de roupas, com cadernos, pentes e envelopes endereçados ao nada que tanto amo, redistribuídos por placas de madeira. There is love to be made. So just stay here for this while. Perhaps heartstrings recuscitate .The fading sounds of your life. São necessidades musicais, sao medos. Medos atrozes que não me interpelam, nem perguntam se lá fora está frio, isso não interessa, temos sempre Interpol para este momento. the pavements they are a mess.Broad. Gosto mesmo muito. Se me pudesse definir diria que era totalmente este agrupamento musical. Sou totalmente Broadcast. Constellation of orion. A picture with a past. A future so vast. A mnemonic game. On the arc of a journey. Nos instrumentos, nas melodias, na voz, nas letras, nos instrumentais, na definição interpessoal que surge, sou Broadcast, gosto deste avantgarde que passa deles para mim, do underground fantasmagorico que me assombra vertiginosamente.
E é incrivel, uma Sad Song que nao tem nada de Sad Song. Enquanto a ouvia pensava. Imaginava. O paraiso perdido que se espelha constantemente quando por lá passo, criteriosamente estendido a preceito quando avisto ao fundo as torres. E quantas vezes por lá passei. Chego até a ter um pequeno estremecimento quando me lembro de...sim deve ser disso. Sim pode-se dizer que sim. Depois passa. I just close my eyes as you walk out. Out. Out.
Após esses interregnos todos, creio que me reviro constantemente sobre a forma da expulsão do mais fraco e a predominância do mais forte. Acabo sempre por olhar para mim de frente e manter a velha visão de uma perfeição desenquadrada, confundida, desprezada e imensuravel. It's up to me now turn on the bright lights.

Termino por me rever nos risos de quem gosto, no sofrimento de quem perscruto com o olhar, na dimensão de uma mortalidade consciente mas estruturada.
Ate podia falar dela mas isso não me chegava.

Em certos momentos da nossa vida atingir um patamar apenas nos remete para a necessidade de atingir o imediatamente acima e a sede de absoluto consome-nos o espirito numa vasta imensidão de descontroles cerebrais. Porque não passam de automatismos estruturais. Que nos estruturam a existência.

.It's in the way that she walks, her heaven is never enough
She puts the weights in my heart
She puts the, she puts the weights into my little heart.