Nunca senti, nunca excedi, nunca previ. When we both of us knew how the end always is. Poucos mas bons. Restícios mas fortes. E é curioso como me intercepto sempre com a vontade de expor esta situação. Porque acho que qualquer pessoa precisaria de apreender o que vivi e quiçá elevar o seu próprio padrão de plenitude. I’m so hollow, i’m so hollow, i’m so, i’m so, i’m so...hollow.
Because I’m not sorry there's all to save.Repentinamente senti o poder do efectivamente, da noite, e de uma visão salvadora. No fundo do túnel encontrei um farol quebrado mas operatório. Ele quis me ajudar inventando pontes de sustento no irreal, eu quis acreditar. Reciei, mas mantive a serenidade. No café, na esplanada, numa música intemporal. Na voz da Alison Goldfrapp em “Time out from the world” que inundava este quarto de azul claro e cheiro a algodão-doce cor de rosa. Da paz e do sentimento mais puro e sincero que alguma vez já senti. I make a shrine for you. De pegar no Abril para sentir o que sempre evoco que sinto. We change the world, just you and i. De construir noites mas antes de tudo de construir algo que não sabia que destino teria apenas que tinha de existir. On every world you ever said. I’m dreaming of another time. Inusitadamente redescobri a voz e a entoação musical que recobre o psiquismo mais invariável. Without you i’m nothing at all. Levantei-me, sentei-me vezes sem conta no combater do desígnio que tracei. You are always ahead of the game when i drag behind. Eloquente Brian Molko, visceral redescoberta que iluminou o meu inconsciente. Baby did you forget to take your meds? E no limiar dos pássaros e das abelhas entoei um arrebatador declinar do que conseguira até então. Protect me from what i want.Após o descarrilamento não havia mais nada a fazer senão falar. Porém não obtive resposta. Foi duro mas foi estranho. E porquê? Até então nunca precisei de verbalizações somente de vivências. Contudo prossegui. Deixei-me ir. Tive momentos de pura satisfação e instantes que sentia o meu estomâgo efervescer se nele pensasse. Se o visse. Mas continuei numa mentira que podia a qualquer momento passar a realidade. Só que percorria uma trilha enganada, afinal todas vezes que me sentia injusta justificaram-se pela falta de carácter e conteúdo de outros. Neste caso de outro. E foi necessário sim. Porque deste modo a quebra e o vulcão que se abateram sobre a minha pessoa tomavam consciência que afinal tudo que sentira desde a doce primavera, era algo. Algo que posso afirmar orgulhosa que nunca senti. Porque podemos gostar do que alguém nos faz sentir mas também podemos gostar desse mesmo alguém por toda a sua unicidade. E aí estaremos a amar. E confesso. Foi estranho sentir. E é tao dificil ouvir sem sentir. E tão bom conhecer alguéns que realmente merecem o nosso respeito e admiração, a nossa amizade, pessoas que não fazem parte do meu quotidiano fisico mas permanecem no mental. E aqui vou citar nomes. Márcia, Miguel e Estrela. Como podia citar inúmeros outros alguéns que estiveram lá mas que já fazem parte de mim há muito.
Refiro também, "Fake Chemical State" de Skin, com a deliciosamente inebriante "Falling for you", tradução do choque irresistível da atracção apocaliptica, "Nothing but", uma honesta confissão musical e "Purple", eloquente e quente voz numa minimalista expressão verbal.