novembro 18, 2006

where is my mind?

with your feet in the air , and your head on the ground

Saltar, saltar vorazmente sobre o peso da responsabilidades que se deixam descair num encontro perene de regressão estatística, infinita procura de um equilíbrio capaz de contrabalançar o suportável, o necessário e o inimitável.

Perante palavras curtas de exemplificar e dificeis de persuadir...!

Try this trick and spin it! Yeahhhhhhhhhh!

Distender os musculos enquanto olho para ti com esse iogurte sensaboroso na mão, e vertê-lo sobre o teu corpo simultaneamente que rio histericamente como se não houvesse amanha. Haverá? E depois? Saberia vestir o mesmo vestido florido e andar km à beira-mar esquecendo o indispensável que ficou fechado a sete chaves no contentor da loucura?

your head will collaps...but there's nothing in it...

and you’ll ask yourself?!!

Podia. Podia perguntar mas para quê? Se tudo se dissolve momentaneamente numa evasão de ideias sonhadoras e realistas de uma base fiel e universal. Porque na transformação do indissociável existe uma voz lá no fundo que clama:

All is full of love

Eu nao acredito! Eu sou uma céptica feliz =) Eu gosto de andar à chuva quando vou para casa, de pisar poças e manda-las para um certo local, de comer gelado de natas, de deixar as lágrimas escorrerem por mim abaixo sem que me impeça de saborear o vento que arrasa a enviesada premonição de desespero alheio, de me tentar evadir sem sucesso quando sou interpolada por vultos desconhecidos, por rir ironicamente e sorrateiramente apoiar os meus membros sobre os teus, percorrendo aquela casa cheia de luz, ás escuras.
De tentar contornar o incontornável egoísmo exterior, por inserir-me na sociedade vil e hipócrita, por dividir o espaço com personificações básicas do mais primordial sentido de putrefacção humana, de transformar a trivial baixeza de cada um de nós num poço sem fundo de cores misturadas com sons ecléticos, sonantes e promissores do conflito encerrado no vazio. De saber aceitar a podridão do exterior e mesmo assim manter a fidelidade a um sentido de vida mais exasperante.i was swimmin in the Carribean

animals would hide behind the rocks….De salientar que nada disso importa. Que o mundo como um todo não é apreendido da mesma forma pelas mesmas racionalidades, fugimos um dos outros procurando conhecer o apocalíptico meio de sermos quem somos independentemente do vulgar, repetitivo e narcisista. Except the little fish
but he told me east was west
Porém mesmo assim eu continuo. As barreiras cada vez me parecem ser mais faceis de ultrapassar, cada vez aquele balançar pulula mais, e o branco do horizonte não se confunde mais com o azul da infinita espera. Tryin' to talk.


Porque eu amo sentir que sou assim. Porque eu amo sentir.me correcta. Porque eu continuo a ver as coisas sempre da mesma maneira. Porque a essência acompanha-me leal, porque gosto de gostar das pessoas que gosto porque elas merecem tudo e fazem-me feliz, porque um faz.me feliz quando demonstra que eu sou importante para ele nem que seja na base do insulto, porque o outro coloca a minha mala por cima da dele depois de eu a atirar despassaradamente para um canto no chão, porque uma me faz rir e me manda sms a perguntar como se chama a Latoya, porque a outra me telefona sempre que esta a entrar em colapso, porque aquela perde a noção do tempo a falar comigo no msn 7 horas seguidas antes de ir para o dentista, porque a outra me manda sms de boa sorte para o teste mesmo sendo a “podre” de sempre, porque aquela outra não se esquece de me mandar um “bom dia” em qualquer dia da semana, e porque eu amo, eu amarei.

way out, in the water see it swimmin?



‘Dois balões incadescentemente sobem e descem num patamar vertiginoso de sensações inóspitas onde o sucesso se intercala com a dor, a perda de um qualquer devaneio promíscuo e libertatário de uma insanidade sadia. Sobe ao altar...alcança...excede...rejeita lentamente essas perdas de calor...’


where is my mind?

E alguma vez isso vos importa?


aiiii porque eu AMO Placebo e esta musica originalmente coverizada dos Pixies =P

novembro 02, 2006

o meu lado errado

Uma inexorável viagem até ao infinito sentido inconsciente que me percorre as veias intemporalmente. Um frio ilimitado de abnegação de equilíbrio, vulgo dispensável visão panorâmica de uma realidade deformada por estilhaços recônditos, pedaços quebrados de ideias invariavelmente sucumbidas a um acreditar longínquo. Necessidade primária de libertação, horas passadas, horas sob horas, veiculadas em desertos de ideais esquecidos. Lutas abandonadas ou estagnadas à espera do primeiro impulso que urge em aparecer. Falácias ditas por vultos que deserdam o escorrer de cada dia. Cada dia suportado pelos membros que manifesto em moldes standartizados pelos passeios de uma avenida larga mas desprovida de estabilidade. Sufoco gritante, nuvens cinzentas, fumos a emergir numa nuvem quente, fugaz mas suficiente para queimar, prolongar a existência num compartimento hermeticamente fechado onde se escondem os recalcamentos, as frustrações de uma realidade negada e mandatoriamente renegada para o ficcional impossível. Um pulsar de atitudes retorcidas. Contornos evasivos de palavras lançadas num ambiente de vácuo racional. Conter. O que bate, o que enraivece, o que distorce. O inevitável, o básico, o inexplicável.
Uma passagem, um retroceder temporal demente, recheado de certezas dúbias, vivências dualistas de uma personalidade exasperante no limiar do auto-conhecimento, do prioritário, do inacessível. Um pestanejar não seguro, e um minuto depois tudo muda. O campo visual alberga outro panorama metafísico, disfuncional no termo consequente da questão, um sonho repartido por horas, uma incompreensão nata do exterior, a desilusão com qualquer ser que preenche o enorme poço de repulsa que é o círculo obtuso da humanidade. Os outros, o quarto circundado de espaços inexistentes de simplicidade mas antes confusão, passageira e sinistra. Eu perdida num horizonte planar de insensatez. Uma madrugada-uma passagem-um numero-30-um dia-uma hora-um minuto-um repassar. Passas por cima, passam-te por cima sem quereres...sem dó nem fundo de maneio ultrapassam-te vorazmente. Sentes o apoio e a identificação de alguns, prossegues caminho com ódios profanos de nenhuns, olhas de soslaio para uma vida imensa adiada por um segundo. Por um ano, um mês, um suspiro.
Céu cinzento, vento perene a ameaçar eclodir sobre a minha cabeça, essa que me pesa impreterivelmente e atrozmente me sacode a poeira narcisista que me constrói a identidade sufocada. Latejante, agonia, vontade de fugir do círculo insípido que se formou à minha volta.
Sentir a tua presença junto a mim, o teu cheiro entranhar-se na minha respiração ofegante pelo teu corpo, por cada partícula proibida do teu ser, e isso fomentar a minha raiva contida pelo nunca, palavra demoníaca que assola o desejo sarcástico de emoção e me transporta numa viagem sem rumo para o terreno do quotidiano, insano sim, em que me olhas com esse olhar doce e não compreendes que nem metade da totalidade de um terço do que me completa se reduziu a cinzas. E visto aquela camisa branca, deixo passar a necessidade ofuscante de um local coabitado pela minha loucura, pelo meu exigente devaneio dissipado em fumo maçico, pelo som de uma voz perfeita e melodiosa, pela água deixada em copos meio desprovidos de orgulho próprio, vontade imensa de me evadir, sentar sobre os lençois quentes, amarelos, finos, escorregar na linha recta de benzodiazepinas factuais, e deixar-me ir. Talvez assimilar o momento, o que chega e atordoa por uns breves meses este ceu azul que passa a tornar o instante em que me deito e adormeço num sufoco etediante de ansiedade.
É conseguir comer e rejeitar por sentir esta permanente sensação de medo e falta. Falta de algo que me densagrandece, me atira a meio caminho para o chão, deixando-me bater de frente nele, sozinha. Só. Só estas tu, eu, eles. Fontes, bases descambam dia após dia. Planeias mentalmente o que queres ser. És aquilo que demonstras ser. E nesse momento viras a página a quem não é aquilo que mostra ser. E tu? Prossegues sempre. Sempre, mas cada vez mais sozinha. Descobres que afinal nada é como é. Odeias os impulsos coerentes de quem sempre se guiou por fachadas mansas, és admitida como insana perante uma realidade democraticamente esmagadora. E entao?
Esse caminho fazes-lo sozinha. Esse percurso sempre palmilhado, traça-lo no vínculo sereno da submissão. Da admissão a um vasto conjunto de verdades inconfessadas, no vento que bate no estore, da cor do “adore”, da lembrança de percorrer aquela avenida de maos dadas com elas, do alcool na minha cara, de amparar o meu desespero na atitude de me lançar mais uma vez por mim própria num espaço ambíguo e mantido por cores ecléticas que nos mantêm vivos. De subir a rua sozinha. De chegar e ouvir a voz dele. Rebolar por entre memorias esquecidas de um dia, uma noite que cheirava a halloween, ao meu cheiro que agora se confunde com a minha fome pelo teu corpo, por qualquer solução que matasse o deserto que nunca conhecerá o mar. Por mim.


largaram-me a mil metros do chão...largaram-me porque me agarrei...
numa alucinação de vida que me enchia o coração
e que agora vejo perdida...num cair que já não sei...

largaram-me a mil metros do chão...
reparo o sol que se afasta no ar..rasgo caminho onde o vento dormia
adormeço sentidos no meu furacão enquanto o sol anuncia o dia
sinto o meu corpo, desamparado, deslizar...

perdi-te do lado errado do coração...perdi-te do lado errado do coração
mas és tu o meu chão...

enquanto caía a terra rachou
e eu via a queda ainda mais funda...
ao meu lado passava tudo o que passei...
comigo a miragem que nada mudou
o voo rasante que nem começou
o tempo apressado que nem reparei

sinto os meus gestos flutuar devagar
no último segredo antes do ódio

à minha frente um filme de aves sem voz...

quando as ouvi resolvi gostar...!!

quando as senti fiquei a amar =)

ter tentado subir ao cimo de nós


amei-te do lado errado do coração
mas és tu o meu chão...

não sei ao que chamam lados do coração
mas és tu o meu chão...
és tu o meu chão...


sabe tão bem conferir a existência de musicas como esta =)
sabe tao bem ouvir algo mesmo BOM...!

Toranja/ Lados Errados