[you'd better keep it in check
or you'll end up a wreck
and you'll never wake up]
Como que olhei para mim e não reflecti o que via, renegando sucumbir aos devaneios incongruentes da minha existência banal. Como qualquer outra.
Vejo e observo o redor de um posto meramente invejável. E apreendo. Não é dificil perceber, nem imaginar mas é impossível não me surpreender.
É complicado reconhecer que nada é perfeito nem sequer pode ascender a qualquer via de perfeição. Que esta é relativa mas que antes do mais se recobre de momentos, concepção essa arriscada de se entender quando absorvida por uma personalidade menos livre. Menos solta. Mais séria. Mais real.
it's not treason, it's no lie
you frame the photograph
i sit on fences
change of season, love can die...
Porque quando levanto voo só me vejo a mim, voando na ansiedade de encontrar alguma estabilização, descendo e subindo, tentando apaziguar qualquer instante menos insano, procurando estacionar a vertigem num patamar seguro. Não consigo.
Olho em redor e sinto necessidade de muita coisa. De parar e ser realmente quem sou, de calar e controlar quem explode dentro de mim, de construir uma barreira cada vez maior entre o eu e o exterior, de não me deixar levar pelas idealizações.
[if we tear out the tumor] [it's later, never sooner]
Porque preciso alimentar a minha individualidade de forma exponencial, de levar ao reactor a educação e o bom-senso, de conseguir uma conversão de 100% de equilibrio, de poder rir e gritar analisando que lá fora tudo coalesce sensorialmente, que não sou tão extra-terrestre e me consigo adaptar a qualquer meio que...
Que eu olhe e não veja o que vejo, não desmoralize por algo que desconheço, que não queira perpetuamente pressentir ondas de choque emocional, turbilhões de paixão, fome e desejo, medos rivalizados com inseguranças atipicas de um temperamento contraditorio.
[it seemed a place for us to dream]
Preciso que me empurres do precipicio da loucura abaixo, sem receios do que possa acontecer, que me vires do avesso sem hipotese de volta, preciso que me cansem o juízo, me abanem, me dissertem, preciso do “sem tempo”, preciso da organização, preciso de saber o que é e o que não é, preciso de ser sabendo que estou a sê-lo, preciso que não me guiem no caminho mais circunspecto da cegueira, preciso de compreender as pessoas, preciso de não querer saber de nada, preciso...
De ser realmente apatica. De deixar de sentir e me envolver, originando sonhos que pululam na minha mente entusiastica. De deixar de querer a perfeição como se de um objectivo de vida se tratasse. De encarar que neste mundo somos todos iguais, e que por maiores que sejam as amizades, existe sempre alguem que nao te considera para sempre mas espera que sejas para sempre, que deita a certeza no lixo porque nada neste mundo é certo. Que existe sempre alguem que não te vê da maneira que deverias ser vista. Ou então que te vê dia sim dia não. Hora sim hora não. Existe sempre um segundo em que te apercebes da realidade mas que a ocultas por debaixo do tapete em homenagem a muitos bons momentos passados.
if i could tear you from the ceiling
i'd freeze us both in time
find a brand new way of seeing...
your eyes forever glued to mine
Há que discernir, há que ser fiel. A consciência mora no prédio ao lado porém não nos deslocamos tantas vezes quando gostariamos a nossa vizinha. Porque antes do mais somos um mundo, preenchido por sensaçoes e compreensões, que 99.9% não saem de onde estão....
[you don't believe me, but you do this everytime]
[please don't drive me blind]
[don't go and leave me]
[i know we're broken] [i know i broke it]
@com muita pena minha não estive ontem presente num grandioso concerto =(
[narcoleptic] [blind]