maio 07, 2006

what a surprise...

[Like the naked leads the blind
I know I'm selfish, I'm unkind
Sucker love I always find
Someone to bruise and leave behind]

Porque não nos compensa à existência perder tempo com análises à consciência, somos levados e trazidos por um mar de insatisfações e contradições quotidianas.
Cremos na hipotética visão de um equilibrio finito e apenas sentimo-nos a arrastar continuamente. [drag behind, oh yeah] Não é dificil. É somente estranho sucumbir por aí. Por vales e incertos caminhos.

Sou submersa por constantes dualizações cansativas, raivas do geral, do que se tem e o que se faz.
Mas isso nao implica a infelicidade ou o "estar mal". Temos a nossa personalidade e com ela vencemos ou perdemos. Batalhas ou guerras. Só que nem sempre vemos o limiar da fronteira entre o correcto e o incorrecto. E aí apela-se à razão. Qual razão? Será que podemos encaixar regras e principios existenciais em moldes racionais?
A razão é relativa. Como tudo. Não é possível decidir se optar por uma posição invés de defender outra, "foi bem". Que aquele que seguiu por aquele caminho escolheu o unico certo ou aquela que ponderou uma tomada de decisão fê-lo ponderadamente demais.

Depois existem as situaçoes que todos passamos. O facto de eu odiar lavar roupa que não pode ir para a máquina senão desbota ou encolhe ou isto ou aquilo e depois grito enraivecida: "mas que merdaaaa! nao nasci pa isto!" , o facto de pensar que certas pessoas agiram mal comigo e isso enraivece porque foram simplesmente estupidas ; o facto de muitas vezes dizermos coisas que nao queriamos dizer, pelo menos daquela forma e sentirmos que a outra pessoa até tem razão em ficar chateada connosco ( razão)? , o facto de tarmos por vezes sempre a levar com amuos e birras tipicas de personalidades dos outros ; o facto de ser insuportavel esperar que as pessoas entrem numa paragem de um autocarro enquanto o sinal esta verde mas vai ficar encarnado e depois chego mais 3 minutos atrasada ; o facto de nem sempre me apetecer fazer dadas coisas que depois me arrependo de não ter feito e onde está a razão aqui?

Contudo ainda existem aqueles momentos em que tudo corre bem, em que tudo se dissocia no paraiso, em que esquecemos por minutos que as contrariedades da vida existem e irão nos afectar para sempre. Até o ultimo dia. É apenas necessário saber viver com isso. Nunca nada corre bem para sempre. Nem todos nós nascemos "abençoados". Nem todo o azar se repercute na nossa vida. E nem temos o poder de escolher o nosso feitio.

[These bonds are shackle free
Wrapped in lust and lunacy
Tiny touch of jealousy
These bonds are shackle free]

[
This time
I might
To ask the sea for answers]


E quando nos apercebemos que lutamos interiormente para tudo ser pacifico, avistamos uma nuvem lá do fundo a descer...e a subir novamente, soltando raios e trovões...e é tudo tão simples. É tudo tão calmo e sereno. É tudo tão....fácil. Considero que todos sabemos o que fazer o que querer contudo não nos separamos dela. E com ela e por ela reagimos ao exterior. E ele nunca nos passa despercebido.

[Time to pass you to the test
Hanging on my lover's breath
Always coming second best
Pictures of my lover's chest]

[Get through
This night
There are no second chances]


E caio, descaio, levanto-me, subo, vou, não vou, entendo, não entendo, sintonizo, penso, não penso, ajo, nao ajo, sei, não sei:

[Always falling to the floor
Softer than it was before]

É simples sim. Nos é que complicamos. Acrescentamos pontos onde não existe nada mais a nao ser o encarar as coisas da melhor maneira possível com a certeza que o futuro será sempre diferente do actual presente.

Cue to your face so forsaken
Crushed by the way that you cry
Cue to your face so forsaken
What a surprise

You try to break the mould
Before you get too old
You try to break the mould
Before you die

Cue to your heart that is racing
Stung by the look in your eye
Cue to your heart that is racing
What a surprise
You try to break the mould
Before you get too old
You try to break the mould
Before you die

Cue your face so forsaken
Crushed by the way that you cry
Cue your face so forsaken
Say goodbye

Sing for your lover
Like blood from a stone
Sing for your lover
Who's waiting at home
If you sing when you're high
And you're dry as a bone
Then you must realize
That you're never alone
And you'll sing with the dead instead

Porque gosto de ouvir Placebo e sentir que sou unica, porque não gosto de discutir com as pessoas, porque quando tenho raivas serias no momento parecem-me furacões desmedidos e depois passam indiscutivelmente, porque gosto de não ter tempo, porque gosto de aproveitar, porque gosto de escrever, porque gosto de doces, porque não gosto de estar chateada com ninguém, porque adoro música, porque AMO demasiado a [summer's gone] e a [ask for answers] dos PLACEBO, porque tenho um orgasmo quando ele diz :"what a surprise", porque desde o post de dia 18 de Abril ate não sei quando temos a edição ESPECIAL-PLACEBO, so vou pôr musicas deles, tudo o que aqui esta é deles, porque VENERO o album destas musicas, porque parei pa ouvi-lo, porque esta mesmo bom, porque nao sei qual album será o preferido e porque queria mesmo conhecer o Brian =)



Instrumental



[3.39 ate ao fim] [Ask for answers]

2 comentários:

Joana Assis disse...

bem quanto a placebo..n tenho nd a dizer..eh simplesmente e absolutamente EXCELENTE! quando ao texto..diferente do habitual..mas as vezes as coisas sao complicadas por si mesmas..sem k nos as complikemos..
***********

botinhas disse...

What a surprise! 3 minutos de atraso desculpam sempre muita coisa. ;)
A razão impera nas escolhas que fazemos (não é por acaso que passionais são os crimes) mas há um certo relaxed way of life que tu pareces não saber aproveitar... A vida (feliz ou infelizmente) não é feita de dualizações, há cinzentos entre o branco e o preto e temos de saber viver com eles.
Keep the good mood! :)