janeiro 14, 2010

pain and sorrow .

Quando é que o fogo realmente começa?

O que é necessariamente permissível entre o sentir e o emergir? Existe uma fronteira ténue, semi-cerrada, entre o âmago da revolução e o bloqueio verbal. Entre o silêncio ensurdecedor que cala as pequenas erupções intersticiais. Onde nos encontramos frente a frente e calamos encarecidamente esse suplicar malicioso. Observando a luxúria percorrer o nosso clímax existencial, vertendo a lava do nosso querer. Permitindo a essa mesma corrente de poder, prosseguir incólume, virgem, imune. A uma dor que dilacera os primeiros gritos de raiva, arquitectando uma explosão imerecida.

Chaos [ . reigns . ]

Nessa barreira reside a culpa condenada, o vazio dependente, que nos arrasta, organizando-nos, numa árvore de censuras patéticas. Onde sair de nós implica fugir deles, no exterior, acarreta despirmos a nossa armadura feita de fel. E aí, procuramos o alimento que nos sustente nessa frágil linha, garmonbozia. Soando initerruptamente nas teias do controlo, vasculhando aleatoriamente as emoções de uma humanidade violada.Daqui, do alto da minha garmonbozia, consumo, recolho, rejeito, explodo. Demonstro, evidencio, exponho. Exponho a ti, meu amor sereno, dor e sofrimento. Envolvência e pena, sangue que não cedo, fixação que não destruo.


Como eu gostava que esse limite entre sentir e eclodir fosse tão simples e legítimo como a desilusão de não encontrar o reconforto.


I want all my garmonbozia .