março 21, 2007

obscured

Apetecia-me apagar-te. Como que com uma borracha, dilacerar todo e qualquer vestígio que me prende a ti. Pender cada momento por uns 1000 m acima da minha cabeca e deixá-los cair sem olhar para trás. Apeteciam-me esquecer que um dia vi azul e branco no mesmo espaço e que um dia parei e senti da mesma forma. I once fell in love with you just because the sky turned from gray into blue. Queria desprender de mim anos e meses que nunca se chegaram a passar. Queria dizer-te adeus e que esse adeus fosse para sempre mesmo que eu depois viesse a ver tudo de outra maneira. Gostava de entender como as coisas são e porque o são. Adorava avançar um comportamento ciente que era o único correcto. Sinceramente ambicionava que não existisses para assim não deturpares a minha realidade tão estável. Inevitavelmente não era esquecer nem me culpar. Não era recalcar nem sobrepor. Era apagar mesmo.
Gostava que um dia percebesses que não foste um sétimo inferno angustiante, muito pelo contrário, iluminaste uma sala esgotada e abafada num desgastante sufoco, em algo pueril e adormecidamente calmo. Algo que eu precisara desesperadamente por já não ter forças para continuar. Algo que me ressuscitou e me concedeu um alento não revigorante mas inesperado. Mas acabou por ser algo que eu própria construí. Algo que só eu fomentei. E depois de o apreender, concluí que o tudo podia ser meu através apenas e somente de mim. [conclusão maldita que todos renunciam até ao último dia da sua vida].

Porém agora, agora, neste efémero instante temporal, apercebo-me que é mais. É mais do que uma simples linha recta que seguimos mandatoriamente, é mais aquilo que nos une do que aquilo que nos separa. E aí a necessidade de cortar a corda urge. Neste preciso momento, porque agora é a hora. E chega a ser irónico. Extremamente irónico. On the anniversary of his death, she drew a beautiful picture of a whale. Porque não dá vontade de explodir num vácuo e deixar a poeira baixar mas sim entender que as nossas características inter-pessoais nos perseguem e nos invadem teimosamente até não resistirmos e cairmos por terra. Não vale a pena lutármos contra nós próprios, vale mais a pena sermos fiéis a nos próprios. Não nos sacia a consciência que se seguirmos por aquele caminho vamos ser incorrectos para com o exterior quando aquele é o único caminho que conseguimos seguir. And then i was strong but i have lost the flower and the innocence in this setting i feel lost because nothing has got anymore sense. Não vale a pena acreditar porque a palavra nem existe como não se espelha uma indissociável vontade de querer acreditar. De precisar. Porque não preciso. Nem quero. Todavia eles estão lá. E quanto a eles nada podemos fazer. Apenas contorná-los. E aí é que eu queria apagar-te. Levemente até que nenhum contorno da tua insensibilidade sobrasse em mim. Destoasse em mim. Pour l'anniversaire de sa mort...Lost your head, now you sleep on the floor
what you said, i don't want anymore
through the haze, make your eyes up to ache, out in space, days away

through these eyes i rely on all i've seen. obscured
through these eyes, it looks like i'm home tonight

left for dead as you sweep out the cold
things we said we don't need anymore
tale inside her like a fallen kite, hey, hey, yeah

through these eyes, i deny on all i see. obscured
through these eyes, it looks like i'm home tonight

what you said made a mess of me, what you said, i don't want

obscured

E ele fez anos no passado dia 17. De facto falha minha não ter escrito nada mas tempo...love him!