novembro 19, 2007

.she's lost control.

Sobre o meu corpo descansou uma lassidão imperdoável que me catapultou para aquele patamar maldito mas porém andrógeno na sua concepção mais primária. Subiram os primeiros vestígios de uma loucura invejável, vulgo sintonia adulterada, por entre as minhas veias e o meu sangue obliterado pelo desequilíbrio apoteótico do meu ser. Existencial, palavra solene, reflexão isolada, deixada num canto a sossegar o suplício linearizado. Muitas identidades, muitos ataques ao pensamento-mãe, mas poucos alcances, poucas displicências, poucas verdades.
Muita dor, muita fome, muita sede de um infinito para além da nossa consciência horizontal.‘uma luz dormente, um apogeu musical, bastantes garrafas esvaziadas num nada, narcópticos perdidos num mar de uma imensidão imensurável, provavelmente lançado numa atmofera impregnada de cortes longitudinais na pele, ferindo a susceptibilidade de um silêncio apagado, adiado para um milénio depois. Forced by the pressure, the territories marked, no longer the pleasure, oh i've since lost the heart. Paredes pintadas de um negro dourado invisível, divididas ao meio por ténues dilacerações insanas, rasgadas ferozmente naquele exacto momento, onde o apelo à impossibilidade se torna mais credível e suplicante no seu devaneio entusiástico. Corrupted from memory, no longer the power, it's creeping up slowly, that last fatal hour. Porque lançam-se gritos esquecidos no ambiente já saturado de uma impensável fome, alargada como fonte de uma promiscuidade gratuita, essa que apenas materializa a vontade como necessidade, pura e somente, saciável, inóspita, a cristaliza num limite de solubilidade já ultrapassado por vertentes intermitentemente distorcidas. Oh, i don't know what made me, what gave me the right, to mess with your values, and change wrong to right. Controle. Falta de controle numa sala abafada por vazios ecléticos, por vozes sonoras, terrivelmente elevadas a um exponencial máximo de uma amplitude inalcançavel, possivelmente nunca antes atingida. Vontade. Real empenho num atingir de patamares desprezados, mantidos em estados de absoluta inacessibilidade por demais compreenderem aquelas fronteiriças limitações onde nos propagam os resquícios de uma atribulada dependência. Para viver, para corromper, para morrer. E nesses três estados de alma ambíguos, porque o erotismo é tão somente a aprovação da vida na morte, encontram-se os nossos mais singelos desejos, completamente renegados, atirados para um sem fim de obrigatoriedades humanas, para connosco, para com eles.
E nesse instante, nesse apelo, nessa perfeita consciência de uma queda abrupta, porque tao necessária ela é, distendem-se as verticalidades subestimadas, as mais ambiciosas colheitas de descentralização merecidas. E aí, onde nasce o medo, a hesitação, o desejo, a dor, o desespero, o vício, as promessas não cumpridas adiadas para um dia sem nome, onde se criam e destroiem simultaneamente as construções que tão arquetipamente elaboramos, perdemos o controle. Não só quando o precisamos, como o desejamos, como não podemos deixar de viver sem ele, como fazemos parte dele.’

.but she expressed herself in many different ways.
.until she lost control again.

Como o defendemos, o interiorizamos, o adiamos, o quebramos, o esquecemos, o recorremos.
São sobretudo suportes onde nos debruçamos como se da própria vida se tratasse ignorando que ela nunca os suportará como nunca se confundirá com eles.

i could live a little better with the myths and the lies,
when the darkness broke in, i just broke down and cried.
I could live a little in a wider line when the change is gone.
when the urge is gone.
to lose control. when here we come.