julho 09, 2007

we must never be apart

Today is the greatest day i ’ve ever knownE foi assim que Billy Corgan se apresentou na madrugada do dia 10 de Junho no festival Oeiras Alive. E nos primeiros acordes começou a chover.
Foi indescritível o momento por isso não vou sequer tentar descrever. Foi e apenas foi e sentiu o que sentiu quem desde anos e anos da sua juventude seguiu assombrosamente a história de uma banda épica de Rock and Roll.
Os Smashing Pumpkins não foram aqueles que estiveram em palco. E Billy Corgan sabe disso. Sabe que depois de ter reiventado e introduzido uma lenda na historia da Música no Mundo dificilmente, depois daquela quebra relacional, poderia reverter situações irreversíveis.
Após um reconhecido Gish, um lírico Siamese Dream, um acolhedor Pisces Iscariot, um potente, fenomenal e incomparável Mellon Collie and The Infinite Sadness, uma obra de pura e inultrapassável arte chamada Adore, um fogoso e apaixonante Machina The Machines of God, sem esquecer o curioso e brilhante The Aeroplane Flies High-Turn Left Turn Right, Billy Corgan e Jimmy Chamberlin chamam três musicos e sobre a força da convicção do primeiro, apresentam-se como The Smashing Pumpkins. Lançam hoje Zeitgeist. Fazem uma digressão de apresentação ao álbum.

Decorria o ano de 2000 quando Billy Corgan, D’Arcy, James Iha, e Jimmy Chamberlin anunciavam o fim da sua carreira. Com o visceral concerto no Estádio do Restelo, despediam-se assim dos muitos fãs portugueses que os acompanharam. Chorei bastante, não pude acreditar, recordava o momento que a Shame entrou na minha vida, os multiplos acontecimentos que me faziam recorrer ao Adore, as desesperantes necessidades de ouvir a voz do Billy para conseguir ultrapassar muito do que até então vivia. A sua voz sempre foi a minha salvação. Em muitos momentos dela, desde os 12 e principalmente nos 15/16 anos, vivi intensamente o que se chama por amor a alguém, neste caso, à música, a um album, a muitos albuns, a um musico. Inegável é a excelência deste Senhor. Quer se goste quer não se goste, continua a ser das poucas pessoas que se pode apelidar de artista, de um génio. E como tal, tem um objectivo na sua vida. A perfeição. E aí sim. Ele sabe-o. Atingiu-a por muitas vezes. Mas como todos os prós também existem contras e foi exactamente esse feitio obsessivo que conduziu ao fim da sua carreira.
E eu continuava a recordar os momentos que inventava mil desculpas à Mourão para não lhe emprestar o Adore porque simplesmente não conseguia viver sem ele, a epopeia que foi o encontro com os amigos dela que rapidamente se tornaram meus amigos, aquelas peripécias que a ninguém mesmo, aquela fila enorme que passamos a frente nem eu sei como, eram umas 21h...enfim. o táxi táxi táxi.
Zwan foi uma criação inóspita, vulgar e que não careceu de nenhuma atenção minha. Billy afundou-se e no buraco não conseguia visionar o fundo. Nem um ano volvido e proferia:’Nem sei como entrei nisto..’. Pois nem eu.
2005 aparece TheFutureEmbrace, o seu album a solo. Na Aula Magna o esperei e nela tive a certeza(como podem ler em:http://trustanyone.blogspot.com/2005_06_01_archive.html, post de dia 10 de Junho, curiosamente). Ele queria e precisava de voltar com os Smashing. O James Iha, a D’Arcy e o Jimmy Chamberlin.
Em 2007 é anunciado o seu regresso. Todavia não. Ele não conseguiu o que precisava porque D’Arcy e James Iha não se encontrão com ele. A vida continua e é feita de momentos. O seu poder criativo e toda a sua majestosidade só morrerão quando ele deixar este Mundo, por isso, acredito nele, neste homem que deu tudo de si pela Música e pela orgânica força que o acompanha. Sei que os Smashing Pumpkins neste momento são Ele e a sua grande amizade por Chamberlin. Sei que dificilmente vibrarei com algo que daqui nasca como vibrei ha anos. Também sei que a musica evoluiu para novos patamares e o que se ouvia em 1995 não é de todo o mesmo que se ouve agora. Porém existem coisas imortais. Fenómenos mesmo. Existe fome de criação e vontade de agarrar o momento por quem sabe que reune todo o talento para conseguir tal. Estarei sempre do lado dele. Sempre com ele. Agora e sempre.

Because him is the greatest artist i’ve ever known….

.De facto esta época não deu assim muitas tréguas e o tempo para actualizar o blog foi escasso mas ja reuni algum tempo! os exames ainda não acabaram contudo já estão mais perto do seu final. Peço desculpa a quem cá vem ler qualquer coisa de novo...a época é complexa :s =)